sábado, 15 de abril de 2017

5 DICAS PARA ALUGAR CARRO E DIRIGIR NO EXTERIOR

   
1) Emitir uma Permissão Internacional para Dirigir (PID) - Embora ela não seja obrigatória em todos os países, acho mais seguro para o caso de ser parado na estrada pela fiscalização, por exemplo, pois ela tem informações em outros idiomas. Também é exigida por locadoras de alguns países. No Brasil quem emite a PID é o Detran. Ela é feita com base nos dados da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e terá o mesmo prazo de validade. Será necessário pagar uma taxa e a emissão costuma ser rápida. Você deve encontrar maiores detalhes no site do Detran da sua cidade.

2) Sempre contratar um seguro - seja mediante pagamento à locadora de veículos que você escolheu ou mesmo utilizando o que é oferecido pelo seu cartão de crédito. Muitos cartões oferecem esse benefício desde que você siga algumas regras impostas pela respectiva bandeira. Por isso sempre consulte no site da empresa o regulamento e imprima ou copie para o celular a fim de ter com você as regras para usufruir do serviço e informações sobre como proceder caso haja algum sinistro. Normalmente eles exigem que você  abra mão de qualquer seguro do tipo LDW - loss damage waiver (referente à cobertura por prejuízos decorrentes de roubo) e CDW - collision damage waiver (referente à cobertura por danos ao carro em caso de acidentes). Com relação ao seguro oferecido pela locadora de carros, lembre-se que, em regra, há franquia. Ou seja, se precisar usá-lo terá que pagar um valor por participação variando de acordo com o tipo de carro alugado. Por isso sempre é bom perguntar se há a franquia e o valor. Geralmente usamos o seguro da locadora desde que seja um Super Cover, onde não é exigida a participação do locatário (franquia zero ou reduzida), e não seja caro. Quando não conseguimos um seguro assim, uso o do cartão mesmo. Ah! E lembre-se de buscar promoções nas locadoras aqui mesmo no Brasil. Muitas têm promoções em parceria com seu cartão de crédito e empresas aéreas.

3) Conhecer as regras de trânsito do destino - Você deve se informar sobre a legislação de trânsito do país, a simbologia das placas de trânsito (tem diferenças), saber onde pode estacionar (importantíssimo), os limites de velocidade, e coisas do tipo. Também chamamos a atenção para o fato de que há muitas estradas com rotatórias. Então, quando se deparar com uma pelo caminho lembre-se que A PREFERÊNCIA é de quem já está transitando nela.

4) Atenção ao abastecimento - a maioria das locadoras exigem o uso de um tipo de combustível específico. Em regra, eles colocam a informação na tampa de acesso ao tanque de combustível. E não esqueça de perguntar se o carro deve ser devolvido com o tanque cheio, pois caso você devolva o carro sem cumprir essa exigência, eles cobram um preço absurdo pelo litro da gasolina para completar o tanque. Isso deve estar no contrato, mas tem que ficar bem claro.


5) Keep calm and drive on - Dirigir sempre com calma e deixar no Brasil maus hábitos, como acelerar no sinal amarelo, não parar na faixa de pedestres e não dar passagem quando o carro da frente ligar a seta. Essas atitudes não são usuais na maioria dos países que conhecemos. Fazendo isso, você vai evitar acidentes, multas e problemas com a polícia local.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Vacina contra a febre amarela: como saber os países que a exigem


Infelizmente estamos vivendo um surto de febre amarela em algumas regiões do Brasil. Antes disso, alguns estados já eram considerados área com risco de transmissão da doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), razão pela qual vários países já exigiam na imigração a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) para comprovar que o viajante originário do Brasil tinha sido vacinado. Agora esse número tem aumentado. Países como Panamá, Nicarágua e Cuba, por exemplo, passaram a exigir o CIVP em fevereiro.
As informações estão sendo atualizadas a todo o momento o que traz muita insegurança para quem está com viagem marcada para o exterior sobre a necessidade ou não da vacina. A questão é: onde conseguir informações seguras e atualizadas?

1) Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – é o órgão responsável pela regulação das questões sanitárias no país e é quem emite o CIVP, o qual está previsto no Regulamento Sanitário Internacional, um instrumento elaborado no âmbito da OMS estabelecendo regras e procedimentos para proteção contra a disseminação de doenças internacionalmente. Os países que assinaram o acordo decidiram que o CIVP seria o documento apto a comprovar a imunização do viajante contra essas doenças. No site há informações sobre os países que estão exigindo a vacina, além de detalhes sobre o procedimento para emissão do CIVP. Para acessá-lo, clique aqui.

2) Portal Consular do Itamaraty - este site do Ministério das Relações Exteriores traz informações úteis para quem pretende visitar outros países, inclusive sobre a exigência do certificado de vacinação contra a febre amarela. Achei que ele está mais atualizado do que a Anvisa. Site: http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/

3) Empresas Aéreas – elas precisam ter essa informação para repassar aos passageiros, principalmente quando a vacina é exigida em países onde se faz conexão ou escala.

4) OMS – no site há uma lista com todos os países que oferecem risco de transmissão da doença e dos que exigem a vacina. Ela está atualizada até 2016. Clique aqui para acessar.

5) Embaixadas e consulados – A maioria dos países mantém página da representação diplomática na internet com informações de contato.

6) Sites e blogs de viagem – acho um bom parâmetro, mas tem que ver se as informações estão atualizadas. Um site que eu gosto muito e acho confiável é o Viaje na Viagem. Eles inclusive fizeram um post recente sobre o assunto. Vale a pena dar uma lida:  http://www.viajenaviagem.com/2017/02/cuba-vacina-febre-amarela

👉 Dicas importantes:
-   A vacina deve ser tomada 10 dias antes da viagem para que a pessoa seja considerada imunizada.
- O prazo de validade da vacina que era de 10 anos passou a ser considerado ilimitado pela OMS. Segundo ela, estudos recentes demonstraram que uma única dose protege a pessoa por toda a vida. No entanto, o Ministério da Saúde do Brasil entende que uma segunda dose de reforço é necessária para a imunização.
  Atualização: em março de 2017 o Brasil passou a adotar o entendimento da OMS. 
- No caso de contraindicação para o recebimento da vacina, a pessoa terá que obter um atestado de isenção emitido por um médico. Clique aqui para mais informações.
- Como a doença é típica de zonas tropicais, a vacina não deve passar a ser exigida por países da Europa ou pelos EUA, por exemplo. Por outro lado, os países localizados em áreas tropicais podem torná-la obrigatória a qualquer momento.
- Nossa sugestão: se puder, tome a vacina. Assim você não precisará se preocupar com isso nunca mais.

domingo, 29 de janeiro de 2017

5 PASSOS PARA PLANEJAR UM ROTEIRO DIA A DIA

Essa fase é fundamental para um aproveitamento máximo do seu tempo durante a viagem. Claro que não precisa fazer tudo cronometrado, mas um planejamento do que fazer cada dia ajuda e muito. Vamos às dicas!

1) Definir tudo que você quer visitar em cada cidade. E aqui a regra de ouro é seguir o seu gosto pessoal. Esquece essa história de must see. Entre as atrações do local pesquise aquelas que te agradam. Personalize sua viagem. Não se prenda a roteiros padronizados. Conheci um casal que ama cerveja e trocou todos os museus de Londres por visitas aos famosos pubs ingleses. É disso que eu estou falando. Isso seria loucura pra muita gente, mas para eles foi uma experiência maravilhosa. O British Museum não fez a mínima falta. Além de gastar melhor seu tempo e dinheiro, seguindo essa regra sua viagem será muito mais interessante e prazerosa. Pode apostar!

2) Saber o horário de funcionamento de cada atração. Muitos lugares não funcionam todos os dias. Imagine que você deixa para visitar o Louvre no seu último dia em Paris que é uma terça-feira. Só que o museu não abre às terças-feiras. Se isso acontecesse comigo ia ficar arrasada. Os horários também podem variar. Há museus que funcionam com horário estendido em um determinado dia da semana, por exemplo. Sabendo disso você pode deixá-lo para mais tarde. Também é interessante se informar sobre eventuais feriados durante sua estadia, pois muita coisa costuma fechar.

3) Prever a média de tempo que você deve gastar para cada visita. Isso é muito pessoal. Seja muito sincero ao pensar sobre isso. Não perca tempo demais em lugares que não te interessam muito, tente ir direto ao ponto. Se você só tem vontade de conhecer parte do acervo daquele famoso museu, abra mão do resto. Por outro lado, reserve bastante tempo para aproveitar aquilo que você gosta. Os roteiros de outras pessoas podem te dar uma ideia do tempo que se gasta em cada atração, mas devem ser adaptados de forma  a atender aos seus interesses pessoais e hábitos de viagem.

4) Organizar o itinerário de acordo com a proximidade entre as atrações. Encontre um mapa da cidade com todos os lugares que você quer visitar. Você consegue isso na internet ou até pode criar seu próprio mapa no Google Maps. Investir em um bom guia de viagem também é uma opção. Mapeie as atrações próximas uma da outra e tente programar a visita para o mesmo dia, tendo em conta as informações que você já pesquisou nas etapas anteriores. Aproveite para conhecer um pouco da geografia da cidade e das linhas de transporte público disponíveis. Isso vai te ajudar a se localizar ao chegar ao destino.

5) Tenha sempre um plano B. Em uma viagem pela Croácia, estávamos na ilha de Hvar, destino famoso por suas lindas praias, e começou uma chuva incessante. Tínhamos mais dois dias ali. No primeiro até arrumamos o que fazer, mas como a previsão era de mais chuva no dia seguinte, reservamos uma noite extra no hotel de Split, nosso próximo destino, e antecipamos a partida. Foi a melhor decisão. Um atraso de voo, a greve de um museu, a mudança repentina do tempo, tudo isso pode inviabilizar seu roteiro. Aí você entra com o plano B. Como elaborar um? Lá no início quando você decidiu o que queria ver na cidade deve ter deixado de fora algumas atrações legais por falta de tempo. Não descarte as informações sobre elas, seu plano de emergência está aí. Mas na maioria das vezes basta trocar as visitas de um dia pelas do outro. E fique tranquilo, pois no final tudo vai dar certo.

Próximo post: Preparando-se para a viagem: visto, vacinas, etc. Até lá!

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Direção à Inglesa - 4 dicas que irão facilitar a sua condução?


Para aqueles viajantes que optam por viajar por conta própria, esse post pode ser considerado uma mão na roda. Alugar um carro é uma decisão que deve ser avaliada se ele proporcionará mais soluções do que problemas. Se a sua decisão for a de alugar para maximizar a sua viagem para torná-la uma experiência única você deve também ficar atento para alguns detalhes, como  se ė facil transitar pelo país (quem já dirigiu pelas estradas do México sabe do que estou falando), se há trânsito a ponto de fazê-lo perder horas parado, se há estacionamento disponível e acessível e porque não, qual é o lado da estrada que o carro deve transitar. Sim. Essa é uma pergunta necessária. A maioria dos atuais territórios e ex colônias britânicas adotam a Mão Inglesa. Mas têm ex colônias que não adotam, como é o caso do Canadá, da Nigéria e dos EUA. Mas não se pode deixar de engrandecer a experiência em conhecer um país a bordo de um carro por causa desse detalhe. 


Por isso escrevo esse post para deixar as minhas impressões de como é guiar pelo lado "errado" (my bad britishes). Minhas experiências se deram na África do Sul, a fim de  visitar as inúmeras vinícolas das regiões de Stellenbosh e de Paarl, e num giro pela ilha da Irlanda.

1) Alugue um carro automático - A primeira coisa que fiz foi tentar facilitar as coisas. Então meu amigo, alugue um carro com câmbio automático. Sim, faz toda a diferença. Você só se preocupa em focar o lado certo da pista. 

E vou te falar com toda certeza. Não ter que se preocupar em acertar o caminho da marcha no trambulador com a mão esquerda ajuda bem. Em uma hora na estrada você já fica acostumado com o desconforto provocado em ficar trazendo o carro para o lado esquerdo da pista (o subconsciente te faz levar o carro para o lado direito progressivamente). E isso deve ser uma situação corriqueira. Tanto é verdade que na Irlanda eles grudam um adesivo no lado direito do painel com o desenho de uma seta branca enorme indicando o lado correto da pista, para que o reflexo dela seja  projetada no parabrisa como forma de lembrar ao motorista de que ele está no caminho certo.

No destaque, o reflexo do adesivo.

2) Atenção total - Eu particularmente fiquei muito atento em não me enrolar por lá. Logo que pegar o carro não ligue o rádio e evite conversar. Se ambientalize com os comandos. Setas e limpador do parabrisa estão no mesmo lugar dos carros por aqui. Acelerador, freio e, sendo o caso de o carro não for automático, o pedal da embreagem tambėm estão. Portanto, tudo igual.

Mas a verdade meu amigo e amiga, ė que nessas primeiras horas seu cérebro vai ficar o tempo todo querendo te convencer que você está errado. Mas fique tranquilo que não demora muito para você se acostumar.


3) Cuidado com os cruzamentos - Fora a adaptação inicial, você tem que ficar esperto (muita atenção) com os cruzamentos de estradas e ruas com grande fluxo de carros. 
Na África do sul tem uma regra específica, sobre a qual fui alertado através de um vídeo do You Tube feito por um brasileiro. Ali é demonstrado na prática como proceder. Ajudou muito.

4) Aprenda na prática (ou quase) - Se você ainda está inseguro mas não desistiu de dirigir pelo lado "errado" tem uma opção de quase simular essa experiência. Que tal usar um simulador ou jogo - vi que havia um jogo onde você dirige um caminhão pelas estradas da Inglaterra - para poder entender melhor os cruzamentos é uma boa.

Enfim, é isso. Vá sem medo, por que o trânsito nesses países é mais organizado que o nosso aqui no Brasil. Além disso,  as estradas desses países seguem um padrão asfalto tipo tapete e sinalização excelente. Dominando o medo da direção inglesa você poderá ter a liberdade necessária para  chegar a lugares como esses aí. 

Uma vinícola na África do Sul:
Estradas lindas no caminho do Cabo da Boa Esperança.

Belas paisagens.


E também na Irlanda: