quinta-feira, 31 de março de 2016

Puerto Varas e Mercado Angelmó

Nesse dia resolvemos almoçar no Mercado Angelmó, em Puerto Montt. Pegamos um micro-ônibus em frente ao píer do lago. Passagem: 800 pesos pp*.


Valores das passagens dos ônibus.
Dica: há vários pontos, pergunte no seu hotel qual o mais próximo. Os ônibus não são muito legais. Os que pegamos estavam sujos e mal conservados. Aparentemente eles são iguais, mas há diferença. Na ida o motorista estava uniformizado, tinha uma aparência mais profissional. Na volta parecia uma espécie de lotação, com o motorista gritando Puerto Varas quando parava nos pontos. O preço era o mesmo. Em ambos a viagem foi tranquila.

O trajeto dura 30 min. Pergunte ao motorista pelo mercado que ele te avisa quando saltar. Do ponto você ainda tem que andar uns 15min. No caminho há várias lojas de artesanato.



O mercado fica na beira de um lago. A parte de venda de pescados é pequena, legal aqui é almoçar em um dos muitos restaurantes espalhados pelo local.

Foto tirada do pier para embarque nos barcos.
Tudo muito limpo e organizado.
Frutos do mar frescos.
Peixes frescos.












DicaInfelizmente não fizemos isso, pois no hotel nos falaram que não era aconselhável. Como em outra ocasião já perdi um dia de viagem por conta de um camarão estragado, não quis arriscar. Almoçamos em um restaurante na rua ao lado do mercado, o Pa’ Mar Adentro. Bonitinho, comida boa, mas muito caro e nada pitoresco. Minha sugestão é que você pesquise no TripAdvisor os restaurantes do mercado e vá sem medo.

Como tínhamos tempo de sobra, fizemos um passeio de barco oferecido atrás do mercado. Achei que não valeu a pena, a paisagem é muito sem graça. Dura 30 min. Preço:3.000 pesos pp*.

Nesse lugar havia dois leões marinhos nadando bem pertinho. Espertos, estavam esperando as sobras do mercado.



Na volta você tem duas opções para pegar o ônibus de volta a Puerto Varas. Pegar um ônibus do lado de fora do mercado até o terminal ou caminhar uns 20min. até lá. Nem entramos no terminal, pegamos o ônibus em uma rua em frente.

Puerto Varas é uma cidade bem maior que Pucón, mas muito bonita também. Tem aquela paisagem do lago com os vulcões ao fundo. Aqui o Osorno é a estrela, mas o Cabulco também tem seu lugar de destaque. Você já deve ter ouvido falar dele, pois na última erupção, em abril de 2015, suas cinzas adiaram a viagem de muita gente para o Chile e para o sul da Argentina, chegando a atingir Santa Catarina. Tem grandes hotéis e mais opções de restaurantes. Andar no calçadão que margeia a praia formada pelo Lago Llinquehue com a vista dos vulcões no horizonte é o melhor passeio.





Hoje o jantar foi no Mercado 605, que faz um mix entre a cozinha chilena e a espanhola. Ambiente super agradável, mistura de delicatessen com restaurante, onde você escolhe seu vinho na prateleira. O atendimento foi ótimo e a comida muito saborosa. Comemos um polvo de entrada delicioso. Os pratos são pequenos. Até dividimos, mas não aconselho. O dono fala português. Uma das melhores refeições da viagem. Para quem não dispensa a sobremesa, prove a trilogia de doces. 





A adega do restaurante fica no salão principal.




* Valores atualizados em abril de 2016.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Puerto Varas - Saltos de Petrohue, Lagos Todos os Santos e Osorno.


 O caminho é um espetáculo a parte.

Alugamos um carro por dois dias para ter mais liberdade. Pedimos indicação no hotel e conseguimos um modelo completo por 25.000 pesos a diária*, o mesmo preço que pagamos em Pucón por um básico. Ainda fechamos o transfer para o aeroporto no dia da entrega do carro por 10.000 pesos (um táxi seria 20.000 pesos)*.

Dica: Se você preferir, há empresas que fazem os principais passeios. A Turistour é a mais conhecida. 


Nossa primeira parada foi nos Saltos de Petrohué. Aqui aquela expressão "o caminho é o destino" cai como uma luva. A estrada é de uma beleza ímpar, segue margeando o lago em meio a muito verde e com a vista dos vulcões como companhia constante. Dá vontade de parar toda hora para fotografar ou apenas contemplar. Existem vários mirantes e praias pelo caminho.



Difícil é manter o olho na estrada.
É uma estrada onde se deve dirigir bem devagar para curtir o visual.
E que visual!!!!


Dica: é muito fácil dirigir por aqui, estrada é ótima e bem sinalizada, mas vale a pena baixar o mapa offline no Maps para calcular as distâncias e se planejar melhor.

Logo após passar pelo portal do Parque Vicente Rozalés, você vai ver a entrada para os saltos à direita.



Dica: há algumas trilhas no parque. Se quiser mais informações pare no portal e fale com o funcionário que fica na guarita ao lado. Lá tem um mapa com as trilhas. Tire uma foto para se guiar.

O acesso é gratuito, mas o estacionamento (há placa indicando) custa 1.000 pesos*. Você entra em um prédio alto onde há uma lanchonete e algumas lojinhas. No início da trilha você encontra banheiros públicos. São três trilhas. Fizemos as duas mais curtas. Uma te leva aos saltos. São passarelas sobre um rio que passa entre pedras vulcânicas. Em um ponto elas formam uma cochoeirinha e o vulcão Osorno fica atrás. Nessa época havia pouca água, mesmo assim o visual é lindo.




A outra trilha leva a um pequeno lago e ao rio. É bonita, mas não diria que é imperdível. Só faça se estiver com tempo.

Seguindo a estrada você chega ao Lago Todos os Santos. Aqui a paisagem é mais linda ainda. O lago é cercado de montanhas e vulcões e ao fundo você vê a fronteira com a Argentina. 

A lama na estrada parecia ser uma mistura de terra com cinzas vulcânicas da última erupção do vulcão.
A estrada que leva ao lago tem cenários de tirar o fôlego.
Não deixe de fazer o passeio de barco. Custa 20.000 pesos* o passeio privado ou 5.000 pesos por pessoa* a partir de 4 passageiros. Basta esperar um pouquinho que logo chega gente para compartilhar o barco. O estacionamento público é gratuito. Chegando ao pequeno píer do lago, entre à esquerda na rotatória e siga as placas. Fica a uns 5min. de caminhada.



Tem estacionamento.
Tem que andar um pouco, mas o visual faz valer a pena.


Local do embarque.

A Argentina tá logo ali, pertinho daquele vulcão ao fundo.


Águas límpidas e esverdeadas.
Dica: para quem vai fazer o Cruce Andino esse passeio é dispensável, pois o caminho passa pelo lago.
Dica 2: existe um passeio de dia inteiro que te leva até Peulla, na metade do caminho para Bariloche. O passeio de barco vai ser mais completo, mas você terá que passar umas horas em Peulla, que alguns gostam e outros dizem que é o tipo de lugar "pega turista", sem muita estrutura e com uma única opção de restaurante. Como não fui, não posso dar minha opinião. Dê uma olhada no Viaje na Viagem que eles te explicam direitinho.

Na estrada de volta paramos em um restaurante chamado Don Salmon. Como o nome sugere, a especialidade é o peixe, mas eles trabalham no sistema de buffet a preço fixo (13.800 pesos pp*) com churrasco e sobremesa incluídos. O salmão estava ótimo e a picanha não decepcionou. O resto era normal. Vale se você estiver com bastante fome. Fica na beira do lago e atrás tem um parquinho e uma praia com uma bela vista do Osorno.




* Valores atualizados em abril de 2016.

terça-feira, 29 de março de 2016

Puerto Varas - Lago Llinquehue e Frutillar

Hoje o roteiro era subir o vulcão e dar a volta no lago Llinquehue parando em Frutillar. O tempo amanheceu super fechado, mas com previsão de abrir mais tarde. Invertemos nosso roteiro e começamos o dia em Frutillar. 
Dica: fique de olho na previsão do tempo para organizar os passeios. Escolha o dia mais claro para os saltos, o lago todos os santos e o vulcão. Às vezes o dia amanhece ruim e abre mais tarde. Se a previsão for essa, não estranhe e se guie por ela.



O Maps mandou a gente para a estrada pedagiada Panamericana Sur/Ruta 5, mas há uma rota que contorna o lago passando por estradinhas secundárias. Saímos na primeira cidade e seguimos por essa estrada, que é linda. Até Frutillar estava asfaltada, depois pegamos um trecho sem pavimento em boas condições. De Puerto Octay em diante seguimos por estrada asfaltada novamente.

Antes de Frutillar passamos por Llanquihue, que tem um centro sem graça e uma orla bonitinha. A estrada é um deslumbre só.





Após uma hora chegamos em Frutillar Bajo. Muito conhecida pelo festival de música e pelo Kutchen, um doce de origem alemã típico na região. Achamos a cidade mais pitoresca do lago. As construções em estilo alemão, a praia, a vista do vulcão, tudo conspira para deixar a cidade ainda mais bonita. O seu lindo cais em madeira, o Teatro del Lago, o museu Casa do Colono e o kutchen são as principais atrações da cidade.


Teatro del Lago



O almoço foi no café Duendes del Lago, que fica na orla, quase em frente ao cais. O local é muito aconchegante, com poltronas em meio a mesas e bonecos de duendes espalhados pela casa. Há uma área para as crianças brincarem. Comemos o famoso kutchen, que é uma espécie de torta com base de pão de ló e cobertura de frutas com creme, acompanhado de um suco de framboesa delicioso.



Kutchen
O tempo estava começando a abrir, já dava pra ver a pontinha do Osorno do outro lado do lago.


Olha ele lá...

Você deve estar se perguntando ao que se deve tamanha influência da cultura alemã nessas cidades. Segundo li, os índios Mapuches, que viviam na região quando os espanhóis chegaram, resistiram bravamente à colonização. Tanto que em 1641 foi firmado um acordo declarando a área "território autônomo Mapuche". Somente com a chegada de colonos alemãs em meados do século XIX a situação mudou. Após a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais muitos alemãs também imigraram para a região. Por isso a presença alemã nas cidades é marcante, seja nas construções, na comida, nas muitas marcas de cerveja artesanal, nos clubes alemães e na população.

Continuamos pela estrada em torno do lago até Puerto Octay






Não achamos a cidade interessante, ainda mais depois de passar por Frutillar. Mas a vista do mirante que fica na estrada já na saída da cidade vale a foto.



Nossa última parada foi no Osorno, assunto para nosso próximo post.